Publicado sem releitura ou correções (como todos outros textos…)
Colocar no limbo. Única saída ou a maior das fugas?
Bom, não sei. Mas não é seguro isolar e manter laços que permitam lembranças.
Esses laços se mantém enquanto sentimos.
Só sentimos por não superar ou aceitar.Aceitar é entender e ver como o melhor caminho.
Melhor caminho? Impossível!
Impossível? Só se for por medo.
Medo. Impede a busca.
Sem busca, sem encontros.
Mas, sem desencontros.
Pois os laços se mantém, e as lembranças voltam.
Pare de ler se não gosta de histórias inacabadas (ou inacabáveis…).
Bom, e porque esse blá blá blá?
Simplesmente porque um mínimo detalhe me faz pensar, lembrar e sentir uma avalanche de sentimentos que não tem explicação, que não são definíveis. Uma saudade misturada com um temor, um medo, uma falta.
Essa coisa de lembrança é esquisita. Ao menos as minhas são. Não lembro dos momentos que teoricamente foram os mais felizes, lembro do que antecedeu isso, lembro da angústia que sentia, de pequenos detalhes das coisas que aconteciam.
Lembro das pequenas mudanças no penteado, dos olhos inquietos que por vezes encontravam os meus e do sorriso que seguia esses encontros, o teu questionador, o meu de embraço. Lembro dos abraços, das conversas, das dúvidas que tinha e da transformação do que sentia sofreu.
Por um lado me salvou, da confusão de humores que eram cotidianos a mim. Das confusões do que sentia e de por quem sentia. Foi nessa medida um ordenamento. um “colocar os pontos nos is“. Foi o estabelecimento do utópico para me livrar do mundo comum. Foi a fuga encontrada por mim, fuga da realidade e da possibilidade de ser feliz.
Mas, não funcionou como deveria. Tu deixaste eu me aproximar, fez com que eu sentisse confiança em mim. Alimentou coisas que eu sentia, moldando-as. Fez com que as coisas não mais fizessem sentido, que a desesperança que construi virasse uma crença, e até um querer ser feliz. Acariciaste, mostrou sentir mais do que um dia sonhei, mas não consegui lidar com isso.
Foi uma tempestade, uma reviravolta, um devir inimaginável… E o que aconteceu? O meu gostar virou medo de perder, virou insegurança completa em tudo e uma agonia sem precedententes, uma ansiedade por estar perto e uma total paralizasão quando perto. Estava ali, mas nada podia fazer do que sonhava porque a simples possibilidade de errar me fazia parar. Não falar nada, não demonstrar nada.
Que gostava era evidente, impossível não perceber. (Pausa para um cigarro…)
Parada estratégica, afinal, sem música é difícil escrever sobre o que sentimos, e, por incrível que pareça, passei batido pelas músicas do Radiohead…
A escolhida foi http://louise-attaque.letras.terra.com.br/letras/49892/
Desbafos são importantes, mas complicados. Desde antes odiava as interrogações, as dúvidas, as incompreensões. E para solucionar isso coloquei a chave dos meus problemas numa saída mágica. Como se alguém podesse resolver meus dilemas, como se uma pessoa fosse capaz de eliminar o que nem eu entendo.
Claro, sem poder me ouvir, sem poder
Ler e-mails do passado não é uma experiência agradável quando se sabe o desfecho deles. É como ver um filme pela segunda vez, se sente tocado, mas não da mesma forma. Por isso que nunca queremos saber o final dos filmes, perde-se o sabor da descoberta, do jogo de conquista que é um filme.
Quando pouco resta trato de trazer a tona o que não sei mas está lá. Uma palavra, uma música, qualquer coisa s torna um subterfúgio capaz de fazer com que se (re)viva os momentos “passados”.
Ô mania triste essa de auto-sabotagem. Para não dar certo querendo acertar, errei.
Bom, são 3 e meia do dia que prometi pra mim mesmo dormir cedo, ecá me encontro, escrevendo e tomando café.
De que valem promessas vãs cujo cumpridor não se preocupa com quem prometeu e esses são o mesmo?
Nada.