Sob a luz da lua, o tilintar dos grilos, debaixo do sereno.
O vento frio deu lugar ao silêncio.
Quieta alma, atenta ao longe.
Vulgar torpor dos dias de pós chuva.
Agrega muito ao coração sozinho.
Imita a vida que não quis ser conjugada.
Inerte corpo, sedenta luz. Escuridão incalta.
Serpenteia o caminho dos que não saíram hoje.
Sem copos, sem preces, sem sono ou sorte.
Aos deuses a glória de estar aqui, ali e lá.
Por agora penso, será que é? Nada foi?
Gritos na noite nem sempre escutados.
Corrói o viver, inunda as calçadas.
Seja aquilo que não sabe, não vê ou toca.
E hoje a conta dos infortúnios repetidos esvaem, corroem.
Sorriso sombrio engole os passos em direção a leste.
Vai vento, ressoa suave.
Faz destes dias os unicos completos.
Assim o ditado da incompletude se desfaz.
Renova, Reviva, Recomece e Ressonhe.
February 16, 2017 at 4:08 am
Meu poetinha 😍
“Serpenteia o caminho dos que não saíram hoje.
Sem copos, sem preces, sem sono ou sorte.
Aos deuses a glória de estar aqui, ali e lá.”