Sob a luz da lua, o tilintar dos grilos, debaixo do sereno.

O vento frio deu lugar ao silêncio.

Quieta alma, atenta ao longe.

Vulgar torpor dos dias de pós chuva.

Agrega muito ao coração sozinho.

Imita a vida que não quis ser conjugada.

Inerte corpo, sedenta luz. Escuridão incalta.

Serpenteia o caminho dos que não saíram hoje.

Sem copos, sem preces, sem sono ou sorte.

Aos deuses a glória de estar aqui, ali e lá.

Por agora penso, será que é? Nada foi?

Gritos na noite nem sempre escutados.

Corrói o viver, inunda as calçadas.

Seja aquilo que não sabe, não vê ou toca.

E hoje a conta dos infortúnios repetidos esvaem, corroem.

Sorriso sombrio engole os passos em direção a leste.

Vai vento, ressoa suave.

Faz destes dias os unicos completos.

Assim o ditado da incompletude se desfaz.

Renova, Reviva, Recomece e Ressonhe.